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Líder, entenda e esteja preparado para o pós-vacina

Com a vacinação contra a COVID-10 avançando em território brasileiro, e alguns países retornando aos escritórios, muitas lideranças estão sendo inundadas de questionamentos. Equipes aguardam a decisão sobre a volta ao trabalho presencial (ou não). Alguns funcionários já cansados do modelo digital, construído às pressas, estão desengajados e também suplicam por mudanças. 

Nesse cenário de transições e da necessidade de muitas respostas, elencamos três tópicos principais para o líder estar preparado para o pós-vacina! Dos atributos principais à escolha do novo modelo de trabalho, confira agora as dicas que preparamos!


Mais clareza, por favor!

Se formos elencar atributos principais para o líder desenvolver com a sua equipe nesse cenário, a clareza está no topo. Times estão confusos e aguardam respostas sobre qual caminho a empresa irá seguir no pós-vacina. 

Como será a volta ao trabalho, a possível perda de autonomia e a possibilidade de fazer home office quando desejar são algumas das principais perguntas que estão no ar. Segundo matéria recente da Harvard Business Review, em um grupo de entrevistados nos Estados Unidos, 58% estão preocupados em ter conversas sobre preferências com os gestores. Dúvidas como essas acabam por gerar um time ansioso e que, consequentemente, acaba tendo a sua performance prejudicada no dia a dia.

Por isso, a clareza é fundamental. Faz parte do papel do líder reduzir a incerteza e a ansiedade da equipe. Mas nem sempre é possível ter respostas para tudo. É preciso normalizar esse tipo de situação, que será comum no pós-vacina. Usar o “eu não sei” ou “isso ainda não foi decidido” será algo cotidiano para os líderes, pois mostrar que realmente ainda não se há respostas estabelecidas ajuda na confiança com o time. 

Nos casos em que não há decisões tomadas, também é papel da liderança buscar essas respostas para o time. É um processo de prestação de contas natural e esperado pela equipe. 

Além da clareza, outro atributo fundamental para as lideranças é o alinhamento, ou seja, a capacidade da liderança de construir acordos de funcionamento com o time. Quando são formalizados acordos com o grupo tudo fica mais claro e a ansiedade tende a diminuir.


O melhor modelo de trabalho 

Com certeza o melhor modelo de trabalho é aquele que funciona para a sua equipe. Ainda existem dúvidas sobre como isso vai ocorrer, mas é evidente que alguns setores não se podem trabalhar à distância. Já outros, em que existe a possibilidade, o líder deveria levar em conta a opinião das pessoas envolvidas no processo. No entanto, muitas companhias vão ignorar essa situações e decisões arbitrárias serão tomadas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo a matéria da Gallup, 44% dos funcionários desejam manter o home office. Além disso, existe uma divisão bem consolidada daqueles que querem o retorno ao escritório e aqueles que gostariam de manter a modalidade home office. 

O grupo que não quer voltar é formado majoritariamente por pessoas casadas, com filhos, que acabaram percebendo muito valor em não perder tempo no trânsito, ganhar tempo de qualidade com a família sem perder produtividade. Já o grupo que quer voltar é formado por jovens, solteiros, que acabaram sentindo a solidão durante a quarentena. E estão sedentos por contatos presenciais e humanos. 

Na teoria, os dois grupos poderiam conviver em harmonia em um modelo híbrido, mas existe um receio muito grande de como será a comunicação em uma empresa (ou em uma área específica) onde metade das pessoas está no escritório e outra está em casa. E principalmente se não haverá favorecimento em quem está no escritório pela disponibilidade e facilidade de acesso. 

Nesse ponto, retornamos aos atributos fundamentais do líder em que falamos no início do artigo. Clareza e alinhamento são fundamentais nesse processo de transição e de decisões a serem tomadas.


Digital: vilão ou herói?

Enquanto muitas pessoas querem manter o home office, outras enxergam nesse modelo de trabalho um desgaste. No entanto, isso é menos culpa do digital e mais das empresas, do modelo adotado às pressas e sem estarem minimamente preparadas para a transformação.

Entre os problemas encontrados, há a superlotação de agenda das lideranças, treinamentos mal desenhados, falta de alinhamentos entre toda a equipe e, principalmente, o tempo de colaboração diminuindo (mesmo que a produtividade tenha aumentado).

Muitas empresas não se sentiram confortáveis e ainda não se sentem em fazer essas mudanças, ainda mais para um modelo híbrido digital no cenário pós-vacina. Essa transformação exige quebrar paradigmas. Dar mais autonomia à equipe, buscar novas ferramentas e descentralizar decisões são alguns dos “problemas” que a liderança vai encontrar. 

No entanto, muitas empresas entendem que voltar ao modelo presencial significa uma redução de custos e mais conveniência (mesmo que essa não seja a mesma opinião da equipe).

 

Check point do líder para o pós-vacina

Para escolher o modelo de trabalho ideal nesse pós-vacina, elencamos alguns passos importantes:

  • É fundamental escutar o time, entendendo os sentimentos de cada membro e os motivos pelos quais prefere um modelo de trabalho a outro;
  • Após dar atenção a cada um, trabalhar em uma visão coletiva;
  • Revisitar os acordos de funcionamento adotados com a equipe, entendendo que aqueles que funcionavam antes não terão o mesmo efeito agora; 
  • Criar novas regras, novos papéis e novas rotinas para se adaptar a essa nova realidade;
  • Analisar o contexto e, sempre que necessário, realizar mudanças.
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