Depois de um longo período de pandemia, com equipes tentando manter a empresa ou a área viva, líderes sentem a necessidade de retomar o senso coletivo e manter o grupo mais unido – independentemente do modelo de trabalho escolhido para os próximos dias. Dados da Gensler apontam que antes do COVID as pessoas passavam 43% do tempo colaborando virtualmente ou pessoalmente. O número caiu para 27% após a pandemia.
Se você se identificou com essa situação, pois percebe que seu time não faz contribuições como antes, e quer descobrir como retomar o senso coletivo, confira agora quatro tópicos sobre o assunto.
- A falta de senso coletivo
- Melhorando as relações de confiança
- Não lidere apenas por e-mail
- Em busca da interação coletiva
A falta de senso coletivo
As trocas do dia a dia entre membros da equipe fazem total diferença na performance de um time. Quando temos poucas contribuições em grupo, temos membros cumprindo mais tarefas operacionais. Na prática, isso significa um time produzindo em meia fase sem perspectivas de inovar no dia a dia ou de agregar valor. Por isso, a falta de senso coletivo resulta diretamente na performance da equipe.
Com equipes sendo cada vez mais cobradas por inovação, é fundamental retomar o senso coletivo nesse pós-vacina, ampliando o tempo e a qualidade das colaborações para que os times voltem a ser realmente times.
Melhorando as relações de confiança
Você pode estar se perguntando: mas como retomar o senso coletivo em equipes trabalhando à distância? É possível fazer muitas atividades diferenciadas, no entanto, alguns líderes começaram a fazer reuniões frequentes 1:1 na pandemia. Esse tipo de encontro acaba reforçando apenas as performances individuais. Apesar de ser importante para ampliar a confiança entre líder e liderado, não é tão eficaz para o aumento do senso coletivo.
Por isso, momentos em grupo também são fundamentais. O líder pode separar um tempo para falar sobre assuntos fora do trabalho, criando um vínculo mais próximo com a equipe. E se a ideia é deixar o ambiente mais descontraído, mas ao mesmo tempo cuidando a performance da equipe, é possível fazer sessões às sextas para a revisão do que aconteceu ao longo da semana.
Não lidere apenas por e-mail
Estar presente não significa estar perto presencialmente. Estar presente é ter um espaço na agenda para se dedicar ao time. Líderes precisam ir além do acompanhamento por e-mail, abrindo oportunidades para conversar com todos e investindo em dinâmicas e ferramentas que propiciam a troca entre os membros.
No digital, tudo é possível, mas é necessário cuidar para que os momentos não fiquem burocráticos a longo prazo. Seja presencialmente ou online, uma reunião com espaço para todos comentarem sobre os desafios que estão passando é uma ótima sugestão para unir o time. Faça o coletivo sugerir formas de resolver o problema de cada membro.
Fuckup sessions, ou seja, reuniões sobre erros e aprendizados, também são importantes. Para dar o start, ninguém melhor que o líder. O momento fica mais humanizado e leve!
Em busca da interação coletiva
Um grupo de pessoas em um espaço, seja ele físico ou virtual, não se configura automaticamente em um time. A formação de uma equipe tem a ver com as relações entre os membros e a geração de valor que ocorre através da colisão de ideias entre os membros.
Não existe uma fórmula mágica para conseguir retomar o senso coletivo, mas já é provado que algumas interações ainda são mais efetivas entre pessoas presencialmente, segundo dados do MIT Sloan. O senso de propósito, o feedback após alguma entrega e os conselhos de carreira são algumas das interações que ganham destaque no modelo presencial. Para quem for continuar online é preciso reconfigurar as equipes, entendendo que novas ferramentas são necessárias, além de espaços e momentos de união.